terça-feira, 26 de junho de 2012

Reconto do livro Tosco


EE José Serafim Ribeiro
Jaraguari-MS, Junho de 2012
Diretora: Ana Luíza Cavalari Espíndola
Coordenadora: Maria Patrícia Loureiro Pinheiro
Coordenadora de Área da disciplina de Língua Portuguesa: Flávia Amaral de Oliveira
Professora: Maria de Lourdes
Aluna: João Victor – 8º ano A
Disciplina de Língua Portuguesa – Atividade: Reconto Ilustrado do Livro Tosco em 1ª pessoa (Gilberto Mattje)

Tosco
  “Há dias que uma espécie de tristeza me invade”. Lembro-me de quando, ainda bem pequeno, minha mãe me chamava sem paciência. Não sei o que, mas sempre havia uma coisa errada, acho que eu pensava que era comigo!
Todo dia eu me lembro, quando eu era menor, dava medo quando meu pai gritava na mesa, parecia sempre barulhento. Na hora de ir para a escola , minha mãe me dava banho sem paciência como sempre,  dizendo:
-Vamos menino, rápido, sem brincadeiras, coloque logo essa roupa, isso sempre fazendo alguma coisa pela casa.
Seu pai dizia:
- Filho vai lá ao mercadinho e pega uma garrafa da branquinha, senão arrebento a escola e os professores, vai rápido e o troco é seu. Bêbado ele foi para a escola, saiu de lá calmo, no outro dia veio a notícia, “fui aprovado”.
Perto da minha casa, conheci o Samuel, ele era fácil de ser mandado, porém era meu único amigo, eu o sacaneava. A escola virou meu palco, passou a ser minha diversão.
Quando eu estava com uns dez anos, minha mãe me pegou fumando, era a moda da época. Um dia tentei ensinar o Samuel a fumar, ele não aceitou, então rolou uma discussão entre nós:
- Não cara, minha avó não vai gostar. (Samuel)
- Você é um “bundão” mesmo. (Tosco)
Naquele dia quebrei um brinquedo do Samuel, senti-me poderoso vendo-o choramingando, fui para casa, entrei no meu quarto. Não sei por que, mas no fundo eu sentia certa inveja do Samuel.
Foi aí que conheci o Pitbull, um cara da pesada, ele roubava e fumava. Logo comecei a fumar também.
O Samuel era todo arrumadinho, tirava boas notas e não participava das bagunças. Eu e o Pitbull éramos o terror, não participávamos  das aulas e bagunçávamos muito, isso além de praticar pequenos furtos.
Aos quatorze anos, virei o pegador das mocreias, chegava com um papo de cá, outro de lá, e levávamos pro fundo da escola, era a pegação, num esquema bruto mesmo, na marra.

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